dezembro 16, 2008

Resultado do Concurso Talentos Literários 2008

É isso aí, pessoal. Com alguns tropeços e improvisações, realizamos mais um concurso de gêneros literários. Esperamos de coração que os participantes voltem e se apresentem em nossos saraus!

Agora, vamos aos resutados:


Mini Conto:
1º lugar: Mariângela Veiga Godinho - "Contratempo"
2º Lugar: Marlei Mendes - "O Intruso"
3º Lugar: Rafael Bahov Shinnishi - "O Branco"

Poesia:
1º lugar: Renata Paccola - "Contrato Social"
2º Lugar: Wilson Roberto Moreira- "Novena"
3º Lugar: George de Carvalho Ferreira da Cruz - "Fera de Duas Faces"

Menções Honrosas para: Avelino Toffano com "Minha Primavera" e Salete dos Santos Moreno com "Sou Mulher".

Menção Honrosa - Sou Mulher

Sou mulher, não sou um objeto, um adorno.
Tenho sentimentos.
Eu amo, eu choro, eu rio...
Tenho desejos, tenho sonhos, tenho necessidades...
Sou forte, mas sou delicada, sou flor!
Gosto de ser desejada, mas prefiro ser amada.
Gosto de fazer sexo, mas prefiro fazer amor.
Gosto de ser admirada pela minha beleza física,
mas prefiro que admire meu modo de ser.
Gosto de dar, mas também gosto de receber.
Gosto de te ouvir, e procuro te compreender,
mas também gosto que me ouça e que me compreenda.
Gosto que elogie meu corpo, mas curto muito mais

quando elogias as minhas conquistas.
Gosto quando você sai com seus amigos, que veja o futebol,
que tenha seus interesses...
Mas gosto muito mais, quando antes disso,
você se dedica a mim e que, de vez em quando,
você troque tudo isso apenas pra ficar ao meu lado...
Gosto quando você demonstra um pouco de ciúmes,
quando cuida de mim, mesmo que por vezes,
eu me mostre tão segura e independente,
que pareça não precisar de você...
Sou mulher, não fêmea.
E é assim que quero que me veja,
não com os olhos mas com o coração...

Menção Honrosa - Minha Primavera

Poema-Louvor
Primavera das flores
da magia dos amores.
Primavera de sorrisos
de beleza, de energias
ensolarada todos os dias.
Primavera, canto dos pássaros
aninhados sob árvores
em gorjeios e trinados
em homenagem ao reinado
da natureza em festa
aquarelas coloridas em serestas.
Primavera, noites claras perfumadas
serenas brisas enluaradas
sob o manto azul, estreladas.
Primavera você é flor
você atrai romances
as criaturas que Deus abençoa das alturas
as almas belas e puras.
Primaveras, quantas já contei?
Perdi a conta, não sei
mas, sempre sua volta aguardei
com saudades de umas e outras
a bailar nas recordações dos sonhos
vivas emoções de romances esquecidos
perdidos nas passadas primaveras.
Você está voltando novamente
glória, a estação é toda festa
minh'alma colorida triunfante a bailar
meu coração orquestra
a sinfonia do amor enebriante.
Primavera, você é a mais vida dos madrigais
lençóis de margaridas
orvalhadas nas manhãs coloridas
do sol nascente a despontar
por detrás das verdes colinas
convidando-nos a natureza, a amar
sorrir, cantar, beijar, louvar à Deus
o Pai eterno de bondade
por esta estação de felicidade.

3º Lugar Poesia - Fera de Duas Faces

Às vezes euforia,
Às vezes tédio;
Amargo Veneno,
Ou doce remédio?

Às vezes tristeza,
Hora alegria,
Às vezes um estrondo,
Outrora uma sinfonia.

Às vezes carnal,
Às vezes fraterno,
Tênue linha;
Entre céu e inferno.

Hora calor,
Às vezes recíproco,
Outrora Rancor;
Fera de múltiplas faces,
Que chamamos de amor

2º Lugar Poesia - Novena

Final de ano
Confraternização
Noite de oração
Fé e esperança
Um círculo de almas desfia nas
Contas do rosário
Ave-Marias
Diante da imagem da Virgem
Pedidos de amor
Desejos de paz
Almas devotas
Novas e velhas
Entoam com louvor
Hinos de adoração
Cada qual traz na alma
Um desejo
Uma esperança
Renovação por um milagre
Nesta novena divina
Rogo pela felicidade
Com os anjos dizendo:
Amém

3º Lugar Mini Conto - O Branco

A primeira ideia que ele ruminou no intuito de tentar driblar o Branco foi a ideia de escrever a palavra ideia sem o acento, numa clara tentativa de se adequar a reforma ortográfica, embora suspeitasse que provavelmente não conseguiria manter o novo padrão no decorrer das mal traçadas linhas. Era do seu conhecimento que tal verbete teria que ser escrito de agora em diante desse jeito esquisito, desnudo, tão difícil de se acostumar quanto deve ser para o sujeito calvo renunciar ao chapéu após décadas adornando a cabeça com o acessório providencial. Depois ele começou a pensar no narrador. Responsável por fazer o texto fluir, o narrador merecia a devida atenção. Emprestar verossimilhança ao protagonista era umas das tarefas a ser cumprida, não importando o fato de que os dois (narrador e personagem) fossem o mesmo indivíduo. Primeira pessoa? Talvez. Um texto construído apenas com diálogos? Não, não. Uma narrativa surrealista sem pé e sem cabeça, e sem tronco também? Poderia funcionar no caso dele ser um gênio, um artista das letras absurdamente intelectualizado como só os poetas o são. Mas felizmente o autor tinha espelho em casa, e acabou por optar pelo narrador em terceira pessoa, aquele que tudo sabe e tudo vê, no melhor estilo arroz com feijão. Ainda com a silhueta do terror dos fazedores de textos prostrada do seu lado e visível apenas com o canto dos olhos, (não convém fitar o Branco olho no olho sob pena de perceber que as primeiras linhas foram pro brejo) o herói-narrador resolveu fazer citações. Apenas três já seriam suficientes, assim evitaria ser comparado a um papagaio tagarela. Iria distribuí-las no decorrer do texto, e utilizaria uma delas para ajudar no desfecho e para homenagear uma grande escritora nascida em terra estrangeira mas de alma naturalizada no Brasil, ou seja, mataria dois coelhos com apenas uma canetada. Como versar sobre o amor que nutria pelos livros sem citar Borges? Simples. Era só dizer que amava os livros. Todavia, se conseguisse encaixar o nome do admirado escritor hermano em algum lugar do conto, obteria o mesmo êxito pelo qual ansiava e, de quebra, transmitiria a falsa impressão de ser uma pessoa culta. - Um afago no ego de vez em quando não faz mal a ninguém. - pensou; e pensou bem alto, para poder usar um travessão. Borges dizia que orgulhava-se mais dos livros que lera do que dos que escrevera, opinião que era compartilhada pelo autor contemporâneo imbuído da missão de dar um drible da vaca no Branco. Rafael tinha uma tese lugar-comum: “O camarada que muito lê, cedo ou tarde enveredar-se-á pelas alamedas da escrita. Não há como evitar.” Mergulhou numa espécie de transe literário ao imaginar seu nome associado à qualquer técnica revolucionária de expor idéias no papel, tal qual Kafka experimentaria se vivesse até o dia em que pudesse ouvir fragmentos de uma conversa informal e fosse possível distinguir o som da palavra “Kafkiano”. A repentina lembrança das contas a pagar trouxe-o de volta à realidade. Previsível porém abençoada realidade. Antes da última citação, se fazia necessário dissertar a repeito de algum assunto que pudesse chacoalhar ao menos um pouco o leitor que homericamente tivesse tido a paciência de chegar até aqui. O texto em si carecia de objetividade. Não possuía uma finalidade específica. Ele era um fim nele mesmo. Refletiu por alguns segundos e concluiu que acabara de incrementá-lo com um novo elemento: a falsa modéstia. Apesar de falsa, a tal modéstia evidenciava uma incomum obsessão em passar uma rasteira no Branco. O famigerado Branco, escrito com maiúscula e respeitado, talvez mais temido do que qualquer outra coisa. O Branco acompanha a história da literatura universal desde os mais remotos tempos, antes da bíblia de Gutenberg ser impressa e ainda perseverará mesmo após o último ponto final do último texto ser digitado pelo último escrevinhador do planeta, evento que será efusivamente comemorado e servirá de prólogo para uma nova era, onde os humanos abdicarão da palavra escrita e se comunicarão exclusivamente pelo poder da mente. O autor, feliz da vida, se deu conta de que agora precisava finalizar seu texto. Pensou em inúmeros finais, e aquele que mais lhe agradou era justamente o mais sui generis. Um sorriso perceptível apenas com ajuda de microscópio instalou-se no canto do lábio direito do autor como se dissesse “Daqui não saio”, pois sabe-se lá há quanto tempo ele desejava escrever um conto que contivesse o termo sui generis. O sorriso invisível contrastava com a imagem séria da autora que ele gostava tanto. Não poderia existir melhor maneira de prestar-lhe homenagem do que terminar a historieta do jeito como ela começava seus romances. Ahhhh..... aqueles romances de tirar o fôlego ao mais experiente dos leitores e pródigos em esquisitices maravilhosas, que iniciavam com frases soltas, reticências, travessões em fila indiana, perguntas perturbadoras, letras minúsculas, questões introspectivas que só uma autora do quilate de uma Clarisse Lispector poderia dar vida. De repente, o autor se deu conta que...

2º Lugar Mini Conto - O Intruso

Eu o olhava através daquele vidro e não conseguia transpor a barreira da intimidade. Quem era ele, afinal? Só sei que tinha vindo para ficar e eu não poderia mandá-lo embora. Não, não poderia evitá-lo; sequer fingir não vê-lo. Ele estava ali, era real e exigente. Não se contentaria com pouco. Era um intruso, um oportunista. Para piorar, Laila era sua fã! Ficava horas lhe admirando, como se não existisse vida além dele. Tinha sido roubado, traído. Nunca mais faríamos amor pela noite afora, nem tomaria um café da manhã feito especialmente para mim. Meu jantar não ficaria mais pronto ás 19:00 hrs e Laila não tomaria mais banho comigo.Durante a madrugada, vou acordar e não a verei ao meu lado. Ela vai estar com ele; o centro de sua atenção agora. A família toda reconhece sua soberania. Todos estão a seus pés! E eu terei que dividir minha casa com ele; meu carro; meus bens e até minha mulher! Ah! esse cara é mesmo insuportável. Sabia que um dia teria que me encontrar com ele, mas ainda não estava preparado. Não queria passar as noites velando seu sono e nem protegê-lo. Quero ser protegido! Quero ser o centro das atenções de Laila. Não quero dividi-la. Vejo todo meu mundo bagunçado. Minha cabeça não assimilou sua chegada. Como criança mimada, disputo com ele o amor de Laila. Mas estou em desvantagem. Não suporto ouvi-la dizer seu nome, saboreando cada letra. E seus olhos reluzindo de amor; um amor tão forte; tão diferente do que ela sente por mim! Isso me magoa muito. Sinto vergonha dessa mágoa; dessa avalanche de sentimentos confusos que me soterram. Mas não vou negar: tenho ciúmes dele! Esse ser frágil e dependente, um dia vai vir para mim correndo, a passos vacilantes, e vai me chamar de “pai”. Espero, nesse dia, já ter crescido o suficiente para poder correr para ele e chamá-lo de “filho”, sem sentir o que estou sentindo hoje. Admiro a capacidade de Laila em amar esse cara “tirano”; que não a deixa dormir mais e reclama sua presença o tempo todo. Ela, porém, se entrega a ele com um sorriso nos lábios. Não lhe deixa esperando um só segundo. É sua escrava! Até seu corpo lhe pertence. Não satisfeito em morar nele por nove meses, se aninha em seus seios sem pressa de sair. Transformando o corpo sexy de Laila em um restaurante 24hrs! Não tenho mais beijos apaixonados, nem carinhos. Nem posso me aproximar muito, que logo um luminoso se acende com os dizeres: --- “sou mãe. Não tenho tempo para sexo”. Quero minha mulher de volta. Será que dá para me devolver? Ainda vai demorar muito para ele me pedir a chave do carro e só voltar de madrugada? Não o odeio. Mas ainda não aprendi a amá-lo. Quanto a ele? Não sei. Acho que gosta de mim. Ontem, quando Laila o amamentava, ergueu seus olhinhos verdes para mim e esboçou um sorriso. Acho que ele já sabe que é só questão de dias para me cativar também. Mas enquanto isso não acontece, continuo resistindo a ele. Não me deixarei amolecer tão cedo! Hoje o espiei tomando banho. Tem alguma coisa em sua “anatomia” que o identifica comigo. E cheguei a pensar que um dia terei que lhe ensinar umas “coisinhas”. Mas alguns anos ainda nos separam dessa data. Já consigo pronunciar seu nome. Não da forma melosa como Laila faz. Mas com certo desprezo. O mais desagradável é que o cara tem o mesmo nome que eu! Coisas de Laila, claro.

1º Lugar Mini Conto - Contratempo

O automóvel foi percorrendo os caminhos que levam ao alto da montanha. O ruído incessante e monótono do motor se fazia ouvir. O motorista, tentou entabular uma conversa, especulando sobre de onde ela vinha, se já havia estado na cidade, se conhecia esse ou aquele ponto. Falou do atual prefeito – as coisas que todos os moradores de uma cidade pequena (e não só as pequenas) dizem da política, dos políticos e etc. Acabou cansando e ficou calado. Desistiu. Deve ter percebido que ela não queria conversar. Ela suspirou, aliviada. Não entendia a necessidade que algumas pessoas têm, de falar o tempo todo. Concentrou-se no itinerário. Tudo tão diferente do que se lembrava. E ao mesmo tempo, tão igual! Teria preferido vir de trem. Mas o trem “não corria mais por aquelas bandas”, lhe informou o funcionário, com aquele sotaque tão familiar. Uma pena. Algumas coisas estavam bem diferentes: os estabelecimentos comerciais estavam muito mudados; parecia uma paródia de alguma metrópole, inclusive nos nomes : “Stop By Drugstore”; “Pet Shop Dogs”; “Golden Shopping Center”... Teve vontade de rir. Que mania das pessoas em serem o que não são! Tanto trabalho para tentar serem iguais, quando o que têm de melhor é justamente o que é peculiar, próprio, característico de cada um. “Vou descer aqui”, ouviu-se dizer ao condutor. Combinou com o homem. Ele ficaria esperando, no carro. Não ia demorar. Saiu andando, pela rua calçada de pedras. O tempo pareceu parar. Lembrou-se dos risos, das vozes, dos cheiros... Parecia estar assistindo a um filme, já visto. Foi caminhando, devagar, para não tropeçar. Tinha esquecido como as pedras eram irregulares (ou seriam seus pés, agora tão pouco afeitos às diferenças?). Chegou ao final da rua, que acabava no casarão. Prendeu a respiração ao olhar para a velha casa. Seu coração acelerou. Estava um pouco mudada. O novo dono tinha feito algumas benfeitorias. Mas havia alguma coisa naquela casa que permanecia. Era uma casa com espírito. Credo! Só faltava essa! Ela, uma mulher vivida, instruída; que conhecia tantos lugares, tantas culturas diferentes, ia começar agora a acreditar nas velhas histórias, que os primos gostavam de contar! Contavam e depois se encolhiam de medo, perplexos, diante da própria imaginação! Nada mais assustador que os fantasmas inventados! Balançou a cabeça, como que para afastar tais pensamentos. Havia fantasmas muito mais poderosos, que sabiam muito bem como assombrar, pois moram dentro de cada um, não importa que se esteja do outro lado do mundo, ou que já tenham se passado décadas. Olhou a casa, novamente. O novo dono tinha mantido o caramanchão do avô. Estava tudo muito bem cuidado, a casa estava viva. De alguma forma, seu avô continuava ali, em sua obra. Conseguiu enxergar, nos fundos do terreno, o pomar que tinha sido cultivado com tanto carinho, onde vivia correndo, na infância, se escondendo dos primos, nas brincadeiras. Nesses anos todos que passaram, viveu muitas coisas. Conheceu muitos lugares, muitas pessoas diferentes. Nunca mais tinha voltado à cidade. Por várias vezes, desistiu na última hora. Tinha receio de despertar sensações antigas, de evocar velhas recordações. Agora estava ali. Respirou fundo, sentindo o perfume das flores, do jardim. De repente, não estava mais só. Uma menininha tinha chegado perto do portão e estava olhando para ela, curiosa. “Que bom que você veio!”, disse a garotinha. Deu-se conta, de repente, de que era uma mulher pouco afeita ao contato com crianças, uma vez que não havia nenhuma, em seu próprio círculo de relacionamentos. No entanto, se sentiu fascinada. Não conseguia tirar os olhos da menina, que lhe parecia ineditamente familiar. “Veja, o pé de manacá está todo florido! Peguei um ramo para você!” Sempre gostei dessas flores, disse a ela. A menina riu, um riso que já tinha visto antes, mas onde, meu Deus? Pegou o ramo de flores que ela lhe estendia, através das grades. Olhando as flores, sentiu uma brisa, totalmente inesperada, fresca, perfumada. Não importava se havia dor, desde que se pudesse ter vivido, rido, chorado. Tudo fazia parte de sua história. E isso nunca iria passar. O que se vive é para sempre, ainda que acabe, um dia. Levantou os olhos, marejados, para agradecer à sua pequena mestra. Mas, a garotinha havia desaparecido. Subitamente, percebeu porque a menina lhe parecera tão familiar! A garotinha era ela mesma, há muitos anos atrás! Entendeu então o porquê de ter vindo, de tão longe, depois de tanto tempo. Precisava fechar o ciclo, se libertar, para poder seguir seu caminho. Tinha, finalmente, emendado as pontas do passado, com o presente. Era, afinal, o contratempo – aquele passo do balé, em que parece que se vai recuar, mas que na verdade, faz ir adiante. Não havia mais sofrimento, apenas um enorme alívio. Estava livre! Estava viva, como há muito não se sentia! Chegara despedaçada, endurecida e saía dali, magicamente revigorada. Saiu andando, refazendo o caminho que a levaria para o táxi, que a esperava.

1º Lugar Poesia - Contrato Social

Descendentes que sois
dos homens das cavernas
de vida natural,
de corpos nus,
sem dinheiro,
sem tabus,
só com braços e pernas
pra suprir o seu sustento;
descendentes que sois
dos homens da pré-história,
de vida ao ar livre,
donos de toda a glória,
cujo grande conhecimento
eram as águas, as plantas e os animais.
Como podeis,
pobres mortais,
esquecer-vos da natureza,
dos anseios principais
de vossa maior riqueza
e sentir tanta tristeza
por coisinhas tão banais?
Por desejos materiais?
Como podeis,
pobres mortais?

novembro 11, 2008


CONVITE


A Sociedade dos Poetas de Vila Prudente convida:para o nosso Sarau Lítero-Musical, a ser realizado no dia 14 de Dezembro de 2008. Local: Rua José Zappi nº 120 – Vila Prudente – SP/SP – às 17h. Serão divulgados e premiados os vencedores da segunda edição do concurso Talentos Literários 2008. Participação especial coral “Arsenal da Esperança”. Contamos com a sua presença!


Coquetel ao final.

outubro 17, 2008

BIENAL DA POESIA

BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE SÃO PAULO
ENTRADA FRANCA


DIAS 18 E 19 DE OUTUBRO DE 2008
HORÁRIO: DAS 10h00 À 18h00
LOCAL: COLÉGIO CONDE DOMINGOS
RUA ARTUR MENDONÇA, 200 - TATUAPÉ – SÃO PAULO/SP – BRASIL

PROGRAMAÇÃO:
SARAU POÉTICO
AUTÓGRAFOS
MÚSICA PALESTRA
DANÇA
ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO:
MOVIMENTO POÉTICO EM SÃO PAULO
CASA DO POETA “LAMPIÃO DE GAS “ DE SÃO PAULO
CASA DO POETA MAÇON DO BRASIL
O LOCAL FICA PRÓXIMO AO METRÔ DO TATUAPÉ- MAIS INFORMAÇÕES PELO TELEFONE 9378-1229 COM CÉLIA OU

E-MAIL poetasvilaprudente@gmail.com

setembro 13, 2008

SARAU DA PRIMAVERA



OI AMIGOS, NOSSO PRÓXIMO SARAU SERÁ NO DIA 28/09/2008, NO SALÃO NOBRE DO CIRCULO DOS TRABALHADORES CRISTÃOS , RUA JOSE ZAPPI,120,PROXIMO AO LARGO DE VILA PPRUDENTE, ÀS 17,00hs. COM ENTRADA FRANCA.
VENHA DIVERTIR-SE COM AMIGOS E FAMILIARES NESTE EVENTO LÍTERO MUSICAL.
VENHA NOS CONHECER E PARTICIPAR DE SORTEIO DE LIVROS .
TEREMOS A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS DO GRUPO QUEIROZ FILHO.

UM ABRAÇO A TODOS DOS POETAS DE VILA PRUDENTE.


julho 29, 2008

Concurso Talentos Literários-2008

(inscrições até 17/10/2008) – valendo carimbo do correio ou data do envio.

A Sociedade dos Poetas de Vila Prudente torna pública a divulgação do Concurso ‘Talentos Literários/2008’ que visa valorizar e propagar os trabalhos de poetas e contistas que residem na Grande São Paulo, ABC e no Litoral Paulista. O candidato poderá participar com até dois trabalhos no total, podendo escolher uma ou as duas categorias indicadas a seguir: POESIA [Satírica, Dramática ou Lírica] em forma de versos livres não sendo necessário seguir regras de metrificação, podendo conter rimas ou não. MINICONTOS [folclóricos, românticos ou modernos]. A temática a ser abordada é livre com no máximo de 25 versos para o gênero poema e no máximo de duas [02] laudas para o gênero miniconto. Os textos deverão ser digitados em folha A4, fonte 12, espaço 1,5 na letra Arial ou Times New Roman, em 03 vias cada um. É obrigatório o uso de pseudônimo que deverá ser colocado no alto da primeira página de cada texto. O(s) texto(s) deverá(ão) ser entregue[s] em um envelope A4 que contenha, dentro, outro envelope menor com os dados do autor: nome completo, pseudônimo, título da obra, data de nascimento, profissão, telefone para contato, e-mail, endereço com cep, por qual meio tomou conhecimento do concurso e um breve currículo- (opcional).
O endereço para envio é Rua Gradaú n° 221, Vila Bela - São Paulo/SP – CEP: 03201-010 ou pelo e-mail:
poetasvilaprudente@gmail.com. Em caso de envio por e-mail, favor enviar dois arquivos, um com a obra e o pseudônimo e outro com os dados pessoais. Se houver a participação nas duas categoria -POESIA e MINICONTO-, poderá ser enviado um único e-mail com as obras concorrentes e os dados pessoais. Os trabalhos serão analisados quanto a sua linguagem de acordo com a estilística abordada por cada autor. Os poemas serão julgados segundo os critérios de coesão e coerência literária, ritmo, originalidade e desenvolvimento poético. Os mini-contos serão analisados segundo o uso da linguagem coesiva e coerente, estrutura da narrativa, originalidade e desenvolvimento do tema abordado. A comissão é composta por profissionais da área literária e as decisões da comissão julgadora são irrecorríveis. É vedada a participação de membros da Sociedade dos Poetas de Vila Prudente. O resultado será divulgado dia 14 de dezembro de 2008, no salão nobre do Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, Rua José Zappi, 120 – Vila Prudente – SP, onde ocorrerá a Premiação do Concurso. Os premiados serão avisados antes via correio e/ou e-mail.

1°Lugar ....................... troféu, diploma, divulgação em jornal e nosso blog.
2°Lugar ....................... diploma, divulgação em jornal e nosso blog.
3°Lugar ....................... diploma, divulgação em nosso blog.
Menção Honrosa ........ certificado, divulgação em nosso blog.

julho 21, 2008

P A L A V R A S

Palavras... Que são palavras?
Verbalização de um sonho
Anotações sem sentido,
Sons incomuns ou estranhos?

Palavras, às vezes escritas
Palavras, quem sabe? Caladas
Palavras lançadas ao vento
Ou em poemas cantadas.

Palavras podem ferir
Podem também magoar
E em feliz realidade
Pode os sonhos transformar.

Tem por missão o Poeta
Em palavras traduzir
Toda alegria latente
Do amar e do sorrir

Toda dor, toda tristeza
De um coração sofredor
De Deus, o amor infinito
Da natureza o esplendor.

Palavras que se embaralham
Bem diante dos meus olhos
Não me permitem falar
De meus ideais e meus sonhos.

Sobre o amor que te dedico
Não consigo escrever
Só por meu olhar queria
Que pudesses me entender.

Nina de Lima
09-maio-2008

junho 18, 2008

SARAU SERTANEJO


OS MEMBROS DA SOCIEDADE DE POETAS DE VILA PRUDENTE CONVIDAM A TODOS PARA O SARAU SERTANEJO QUE SERÁ REASALISADO NO DIA 29/06/08 , ÀS 17,00h.NO SALÃO DE FESTAS DO CIRCULO DOS TRABALHADORES CRISTÃOS DE VILA PRUDENTE,À RUA JOSE ZAPPI, 120 , PARALELA AO LARGO .

ENTRADA FRANCA.

junho 06, 2008

PATRIMÔNIO DO VIVER


QUEM JÁ MOROU NUMA CASINHA LÁ NA SERRA
CONSTRUIDA BEM NA TERRA
ONDE REINAM PALMEIRAIS
QUEM JÁ CONTEMPLOU O SOL
BRILHANDO NA MONTANHA,
ONDE A BELEZA É TAMANHA,
SANTUÁRIO DE ANIMAIS.
QUEM JÁ OUVIU O MURMURAR DE UMA CASCATA
INCRUSTADA BEM NA MATA
ONDE A PUREZA MORA.
NÃO SE ENVERGONHAR DE FALAR DA NATUREZA,
RELATAR SUA BELEZA
NEM CONTAR A SUA HISTÓRIA.
QUANTA SAUDADE SINTO DAQUELA VIDINHA
QUE EU TIVE EM MINHA TERRA
CULTIVANDO CAFEZAIS
SE EU PUDESSE, VOLTARIA CORRENDO,
POIS VIVO REMOENDO
TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS.
QUEM JÁ OUVIU O GORGEAR DOS PASSARINHOS
CULTIVANDO OS SEUS NINHOS,
FESTEJANDO O AMANHECER.
QUEM ASSISTIU A CACHOEIRA ENFURECIDA,
DANDO MAIS BELEZA À VIDA,
PATRIMÔNIO DO VIVER.
QUEM TEM A VIDA QUE EU TIVE EM MEIO A ISSO,
RECONHECE O FEITIÇO POR VIVER A PRÓPRIA GLÓRIA.
NÃO SE ENVERGONHA DE FALAR DA NATUREZA,
RELATAR SUA BELEZA,
NEM CONTAR A SUA HISTÓRIA.
QUANTA SAUDADE SINTO DAQUELA VIDINHA
QUE EU TIVE EM MINHA TERRA
CULTIVANDO CAFEZAIS.
SE EU PUDESSE VOLTARIA CORRENDO,
POIS EU VIVO REMOENDO
TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS.
JOSÉ BERNARDO ARAUJO

maio 20, 2008

ACONCHEGO


MINHA CASA PEQUENINA
TÃO BONITA
É TODA FEITA DE ORAÇÃO
COM TIJOLOS DE SAUDADE
É UMA CASA PEQUENINA
EU BEM SEI.
TODA FEITA DE ACONCHEGO,
NÃO IMPORTA,
NO QUINTAL DO CORAÇÃO.
HÁ VOGAIS DE CONTRIÇÃO
A ME SEGUIR
DE PORTA EM PORTA.
A CASA DE UM TEMPO;
PENSAMENTO A VAGAR
VOLVENDO BEM SEI
NO TEMPO
ONDE EU PASSAR
NOÊMIA V. NASCIMENTO *(POETA DA VILA) ABRIL/2008*

abril 20, 2008



SETESTRELO

Fagulha desprendida ao Setestrelo!

Afago enternescente de criança!

Eu endoideço, tão somente, ao vê-lo,

ou mesmo quando o vejo na lembrança!

E, cada vez que o vejo, acho-o mais belo,

e meu olhar de vê-lo não se cansa,

e só me sinto bem, se posso tê-lo

ouvindo a sua voz tão doce e mansa...

Apolo vivo de beleza infinda!

Que olhos santo Deus !Que boca linda!

Que pernas, que cabelo! Nunca olvido!

Aquela que o tiver terá sentido,

Raiar o sol mesmo se noite ainda,

-Quem é esse rapaz? Você, querido!
(Darcy Reis Rossi-poetisa)

abril 16, 2008

Foto do primeiro concurso de poesias realizado pelos Poetas de Vila Prudente. Foi em junho de 2007, quase um ano!!!! Participaram dezenas de poetas anônimos, taletosíssimos. Foi difícil escolher os três primeiros colocados. Tinha gente até de Minas Gerais!!!! Na foto, da esquerda para a direita. Nina de Lima, coordenadora da época. Zeca São Bernardo, participante e primeiro lugar. Mariangela, participante e segundo lugar. O terceiro não pode comparecer, devido a distância, mas seu diploma foi devidamente enciado pelo correio. Depois dois dos membros julgadores, ele, escritor profissional, ela, professora de português. E, na ponta, Darcy Reis Rossi, também coordenadora à época.

abril 14, 2008

DESEJO DE UM POETA

Quando prestes a calar-me para a eternidade,
O que digo, com certeza não fará falta.
mas deixo muito além de vagas palavras-
Meu pensamento escrito;
Minha voz mais alta.
Papeis hão de rolar por mãos e mãos estranhas,
curiosas, críticas ou abstratas...
Mas chegarão um dia ao pódio de minhas esperanças
E serão lidas numa vóz mais alta.
Em muitos e muitos tons hão de cantar-me um dia.
minha inpiração que a emoção exalta.
Velhas poesias em forma de canções...
Linda melodias... Numa voz mais alta.
Seja onde for que me encontre...
O que fui, o que deixei , será o assunto em pauta.
O mundo ouvirá então, nos versos que criei
A minha própria voz, a minha voz mais alta.
Célia fonseca Arantes.
SP.23/03/2008
Uma homenagem a todos os meus colegas poetas.

abril 01, 2008

BOAS VINDAS !!!

Este Blog foi criado para divulgar nossas atividades e também para fazermos parcerias com outros grupos, artistas, enfim, todos que promovem a cultura em sua comunidade.
Sejam bem vindos e esperamos fazer muitos contatos para
crescermos sempre!